
Rhayssa Késsia Alves da Costa
Indicado ao Grande Prêmio de Cinema do Brasil nas categorias de melhor ator, melhor atriz coadjuvante, figurino e maquiagem. Romance, o novo filme do diretor Guel Arraes (O auto da compadecida, Caramuru -A invenção do Brasil e Lisbela e o prisioneiro), nos traz uma surpreendente história que envolve uma mistura de tons de comédia, romance, drama e metalinguagem em ambientes, aparentemente, bem distintos como a literatura, o teatro, a televisão e o cinema.
A história que circunda todo o filme é a de “Tristão e Isolda”, uma reconstituição de um poema francês escrito no século XII na Idade Média, famoso por mostrar um amor que acaba de forma trágica, que o diretor e ator Pedro (Wagner Moura) decide apresenta-la, originalmente, no teatro. Porém ao transportá-la para a TV quando Ana (Letícia Sabatella) - atriz por quem se apaixona em uma entrevista para seleção de atores para sua peça e vive uma paixão que dura até ela ir para o Rio de Janeiro trabalhar na televisão - o convida para trabalhar com ela em uma nova minissérie, ele elabora uma adaptação da história de “Tristão e Isolda” para o sertão nordestino cem anos atrás, pelo fato de lá os casamentos, assim como na idade média, não serem realizados por amor. Entretanto, o diretor geral de TV Danilo (Zé Wilker) acaba não permitindo que Pedro seja fiel com o desfecho da história pelo fato de o público da televisão preferir desfechos mais “felizes”. Mesmo assim Pedro filma a última cena da minissérie de forma que o final “feliz” seja cortado e o final tradicional se mantenha.
As histórias acabam se entrelaçando, chegando até a confundirem-se entre si, assim como os atores com seus respectivos personagens, pois Ana também acaba se apaixonando por Orlando (Vladimir Brichta) que contracena com ela na minissérie. Porém esse entrelace e as diferenças de ambiente onde a literatura é apresentada não fazem com que a beleza e a qualidade da linguagem literária sejam perdidas, nem tão pouco que se afastem do público, pois ela mantém-se harmoniosa e compreensível em qualquer ambiente em que aparece.
Portanto, Guel Arraes mostrou nesse filme que literatura, teatro, televisão e cinema podem dar certos juntos sim, pois três histórias de amor (o clássico “Tristão e Isolda”, a adaptação da história clássica para uma versão sertaneja nordestina e a história de Pedro e Ana) acabam resultando em um lindo “Romance”.
Um comentário:
Ah! fikei loca pra ver o filme...quem tiver e quizer mim emprestar eu agradeço!!!bejimmm
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