Hermano Aroldo Gois Oliveira
A partir da proposta do trabalho com o gênero oral – seminário – pelo livro didático de Cereja e Magalhães (2002), podemos perceber quanto à abordagem, que é feita de forma sistemática, uma vez que os autores dão “passos e explicações” de como preparar um seminário. Essas explicações do gênero são dadas através de processos: “Como preparar um seminário? ((passos e explicações sobre como os alunos devem proceder)). Reúna-se com seus colegas de grupo para dar início à preparação de um seminário. Definam com o professor o tema que deverá ser apresentado por sua equipe. A seguir apresentemos algumas sugestões de assuntos. ((segue lista com assuntos, e fontes – livros, revistas e sites)).” O que vai guiar todo o processo do trabalho.
Partindo da abordagem do gênero, afirmamos que há condições de o professor trabalhar em sala de aula, uma vez que as explicações oferecidas auxiliam no trabalho do aluno, visto que informa a finalidade de se trabalhar com o gênero, como podemos observar: “Sua finalidade principal é transmitir conhecimentos específicos – científicos ou técnicos – de determinada área” (Cereja e Magalhães, 2002). Apontando assim a formalidade do gênero. Além do mais, quebra a crença de que o seminário é uma “atividade de perda de tempo”, como muitos alunos, equivocadamente, pensam. Outro fator essencial é o fato de dizer que o seminário apresenta “graus de formalidade”, informação a mais para o professor, que trabalha com o gênero, de indicar aos alunos que se deve haver antes da apresentação oral uma boa preparação, logo é uma exposição de um assunto à sala de aula.
Por fim, diante do que foi defendido sobre o trabalho com o gênero seminário, pode-se dizer que o mesmo, apresentado por Cereja e Magalhães (2002) é um exemplo para justificar o avanço do ensino da oralidade na sala de aula, pois, embora se tenha ainda pouca atenção com o gênero, como afirmam Cavalcante e Melo (2006), a oralidade passou a ser tratada no livro didático de língua portuguesa. No entanto, não só esse avanço da oralidade nos livros didático é importante, mas também que os próprios professores incluam no seu plano pedagógico e não apenas a escrita, como costumam fazer.
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2002, pp. 269-274.
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