terça-feira, 8 de outubro de 2013

A Administração na Perspectiva das Relações Humanas


CHIAVENATO, Idalberto. Parte VI: Teoria das Relações Humanas. In: Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

Idalberto Chiavenato é Doutor e Mestre em Administração pela City University of Los Angeles-CA, EUA, especialista em Administração de Empresas pela FGV-EAESP, graduado em Filosofia/Pedagogia, com especialização em Psicologia Educacional pela USP e em Direito pela Universidade Mackenzie. É um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área de Administração de Empresas e Recursos Humanos por sua extensa bibliografia que abrange mais de 30 livros de grande destaque no mercado, além de uma infinidade de artigos em revistas especializadas, também publicou 17 livros sobre Administração e Recursos Humanos traduzidos para a língua espanhola. Entre esses se destacam “Administração para Administradores e Não Administradores” (Ed. Saraiva) e “Administração nos Novos Tempos” (Ed. Campus). Recebeu vários prêmios e distinções (como dois títulos de Doutor Honoris Causa por universidades estrangeiras) pela sua contribuição à Administração Geral e de Recursos Humanos.
O livro “Introdução a Administração” trata do assunto básico de referência para o estudante de administração e o principal manual de consulta para o profissional que se dedica à administração de negócios ou ao gerenciamento de organizações.
Um dos assuntos abordados é a Teoria das Relações Humanas, sua origem eleva à influência da iniciativa individual nos Estados Unidos. Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisas iniciou uma experiência na fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company, situada em Chicago, para avaliar a correlação entre iluminação e eficiência dos operários, medida por meio da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo. Na primeira fase comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico, a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas. Na segunda fase pode-se averiguar que onde a conversa era permitida causando o ambiente de trabalho sem tensões aumentava à satisfação no trabalho e não havia temor ao supervisor, pois esse funcionava como supervisor. Já na terceira fase da experiência os pesquisadores se afastaram do objetivo de verificar as condições físicas de trabalho e passaram a se ficar no estudo das relações humanas no trabalho. Assim, em 1928, iniciou-se o Programa de Entrevistas com os empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos. A quarta fase permitiu o estudo das relações entre a organização informal dos empregados e a organização formal da fábrica. A experiência de Hawthorne foi suspensa em 1932 por motivos financeiros. Sua influência sobre a teoria administrativa oi fundamental, abalando os princípios básicos da Teoria Clássica dominante.
Na prática, essa teoria surgiu com a Experiência de Hawthorne que marca, ao longo de sua duração, o início de uma nova teoria calcada em valores humanísticos, deslocando a preocupação colocada na tarefa e na estrutura para preocupação com as pessoas. As conclusões da experiência incluíram novas variáveis no dicionário da Administração, como a integração social e o comportamento social dos empregados, necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensas e sanções não materiais, o estudo dos grupos informais e da chamada organização informa,, o despertar para relações humanas dentro das organizações, a ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do comportamento das pessoas e a importância do conteúdo do cargo para as pessoas que o realizam. Dentro da abordagem humanística, os pesquisadores se deparam com a civilização industrializada que torna as empresas preocupadas exclusivamente com sua sobrevivência financeira e maior eficiência para o alcance de lucros. Assim, todos os métodos convergem para eficiência e não para a cooperação humana e, muito menos para objetivos humanos. Daí a necessidade de um tratamento preventivo do conflito industrial: o choque entre os objetivos das organizações e os objetivos individuais dos participantes.
Através do estudo deste capítulo é possível afirmar que o mesmo é de suma importância. Afinal nunca uma teoria administrativa se tornou tão imprescindível para o sucesso do administrador e das organizações, como a tratada por este livro, em especial nesse capítulo 6, ficando indispensável à recomendação da leitura desse capítulo para professores e estudantes da área de administração.

Rubenita de Souza Soares e Gabrielle Maria de Oliveira Chagas
Graduandas em Administração na Universidade Federal de Campina Grande

2013

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