domingo, 11 de março de 2012

O bem ou o mal na “net”, eis a questão



Marina M. S. Martins
                                                                                             
                ¹A sociedade da informação surgiu no final do século XIX e está em processo de formação e expansão até hoje. A internet, por exemplo, é um dos grandes meios de propagação de informação que cada dia mais está ganhando outras funcionalidades e finalidades, além desta. O melhor é que o acesso à internet não tem se restringido à elite social, mas tem chegado a populações de baixa renda, seja na escola, seja em redes wi-fi, seja em lan-houses.
                Hoje, é com espanto que as pessoas recebem a notícia de que você não possui um “perfil” na rede social: “Você não tem ‘face’? E nem twitter?”; quando você não ouve, acompanhado dessas frases, aquela outra: “Tu é de que mundo, hein?”.  De certa forma, o fato de você não participar de uma rede social lhe exclui daquele meio comum que une milhares de pessoas. Entretanto, além desta possibilidade de se conectar a celebridades ou personalidades que você admira, ou achar amigos de infância que há anos você não vê, ou conversar com alguém que mora no Japão, na Inglaterra... A internet trouxe outros benefícios, séculos atrás, jamais imaginados.
                Quem diria que hoje você poderia pagar as suas contas pela internet? Poderia fazer um curso de graduação à distância? Poderia fazer compras sem sair de casa? Postar vídeos com seu filho cantando e isso ser visto por milhares de pessoas? Uma história recente que mostrou o “poder” de disseminação de informação da internet foi a de “Luísa”, que estava no Canadá: uma propaganda na televisão gerou milhares de comentários no Twitter, com direito a reportagens no Jornal Nacional.
                Mas... como tudo aquilo que o homem cria sempre acaba sendo utilizado para o bem, ou para o mal, a internet também segue essa lógica. As redes sociais representam um perigo para crimes de pornografia e pedofilia, por exemplo: o acesso fácil a fotos e informações sobre a pessoa, fazem com que esse trabalho seja facilitado para aqueles que estão cheios de más intenções. Além disso, a pornografia, clonagem de cartões de crédito, acesso a contas e senhas de banco, sites que disseminam preconceitos quanto a etnia, raça... São alguns dos malefícios desse “mundo virtual”.
                A educação, no âmbito escolar e familiar, não pode desconsiderar esse novo meio de comunicação e “inserção no mundo”, bem como as influências boas e más desse “novo mundo virtual”. O que fica é a impressão de que essa inteligência utilizada pelo homem para criar algo tão interessante e útil como a internet, deveria ser refletida também no uso dela. Como muitos dizem, sabiamente, “o maior inimigo do homem é ele mesmo”.            




¹Dissertação produzida na disciplina de Prática de Ensino II com a prof. Drª Denise Lino, atendendo a proposta de redação do ENEM 2011.

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