SEVERO, Diego Leite
Sem dúvidas o assunto que mais mexeu com o aparelho midiático brasileiro nos últimos dois anos foi a morte da menina Isabella Nardoni, no ano do acontecido, 2008, ela estando com seis anos. É dispensável que se relate aqui o acontecido, sabemos, e estamos abusados de saber, que foi, de fato, um absurdo.
Porém não é sobre Isabella, nem os seus assassinos (seu pai biológico e sua madrasta) que irei discorrer, e sim sobre a maior personalidade da mídia representada até agora em todas as emissoras de TV do país, o advogado dos acusados Roberto Podval. Ele, sem dúvida é fantástico! Os advogados são muito criticados atualmente porque são taxados de pessoas que usam da lei para defender quem “não merece”, tal declaração faz alusão aos advogados de defesa (que defendem quem praticou o crime) e Podval, O advogado, é um exemplo dessa classe. Esse defensor da lei se tornou um cidadão parcialmente emblemático no caso, visto que ele sustentou por dois anos, em audiências, um crime que para os advogados de acusação, para os peritos, para os familiares e para o Brasil estava totalmente liquidado. Mas, enquanto o Juiz não desse o veredicto final nada estaria feito.
O fato que mais especificamente me fez parar e sentar para escrever esse artigo foi a seriedade e a postura que Roberto manteve diante de tantos microfones, gravadores e câmeras que cercaram o badalado advogado ao sair de uma das diversas audiências que houve. Pelo que minha vã vista conseguiu captar na TV, eu contabilizei doze microfones e oito gravadores captando Podval (acho que nem José Dirceu ao ser descoberto no escândalo do mensalão foi tão entrevistado) e ele manteve seu discurso, baseado na retórica do direito, dizendo: “Está sendo feito tudo para conseguir provar que o casal é inocente.” Essa declaração causou protestos em todo o Brasil, pode acreditar. Só por questão de informar: No mesmo dia em que o advogado do casal deu essa declaração, a perita Rosângela Monteiro, do estado de São Paulo, concedeu uma declaração dizendo: “Sou a única capacitada para os testes com o reagente ‘blue star’ no estado de São Paulo. Sou eu quem ministro cursos sobre como usá-lo”. E a perita, que é testemunha do crime, afirmou com toda a categoria de uma que o casal era culpado e quem tinha jogado a menina teria sido o seu pai, Alexandre. Estando todo o Brasil sabendo disso e conformados de que o casal era culpado, restou ao juiz Maurício Fossen declarar trinta e um anos, um mês e dez dias para Alexandre Nardoni e vinte e seis anos e oito meses para Anna Carolina Jatobá, para alívio do Juiz e alegria de todo Brasil.
Por fim, parabéns ao Juiz que não teve a cabeça colocada a prêmio e ao advogado, claro! Além de ter ficado rico teve uma ótima postura.
Porém não é sobre Isabella, nem os seus assassinos (seu pai biológico e sua madrasta) que irei discorrer, e sim sobre a maior personalidade da mídia representada até agora em todas as emissoras de TV do país, o advogado dos acusados Roberto Podval. Ele, sem dúvida é fantástico! Os advogados são muito criticados atualmente porque são taxados de pessoas que usam da lei para defender quem “não merece”, tal declaração faz alusão aos advogados de defesa (que defendem quem praticou o crime) e Podval, O advogado, é um exemplo dessa classe. Esse defensor da lei se tornou um cidadão parcialmente emblemático no caso, visto que ele sustentou por dois anos, em audiências, um crime que para os advogados de acusação, para os peritos, para os familiares e para o Brasil estava totalmente liquidado. Mas, enquanto o Juiz não desse o veredicto final nada estaria feito.
O fato que mais especificamente me fez parar e sentar para escrever esse artigo foi a seriedade e a postura que Roberto manteve diante de tantos microfones, gravadores e câmeras que cercaram o badalado advogado ao sair de uma das diversas audiências que houve. Pelo que minha vã vista conseguiu captar na TV, eu contabilizei doze microfones e oito gravadores captando Podval (acho que nem José Dirceu ao ser descoberto no escândalo do mensalão foi tão entrevistado) e ele manteve seu discurso, baseado na retórica do direito, dizendo: “Está sendo feito tudo para conseguir provar que o casal é inocente.” Essa declaração causou protestos em todo o Brasil, pode acreditar. Só por questão de informar: No mesmo dia em que o advogado do casal deu essa declaração, a perita Rosângela Monteiro, do estado de São Paulo, concedeu uma declaração dizendo: “Sou a única capacitada para os testes com o reagente ‘blue star’ no estado de São Paulo. Sou eu quem ministro cursos sobre como usá-lo”. E a perita, que é testemunha do crime, afirmou com toda a categoria de uma que o casal era culpado e quem tinha jogado a menina teria sido o seu pai, Alexandre. Estando todo o Brasil sabendo disso e conformados de que o casal era culpado, restou ao juiz Maurício Fossen declarar trinta e um anos, um mês e dez dias para Alexandre Nardoni e vinte e seis anos e oito meses para Anna Carolina Jatobá, para alívio do Juiz e alegria de todo Brasil.
Por fim, parabéns ao Juiz que não teve a cabeça colocada a prêmio e ao advogado, claro! Além de ter ficado rico teve uma ótima postura.
Um comentário:
Diego, além de ser ótimo o seu exercício de expor sua opinião, de forma bem argumentada, gostei de saber que pode e deve continuar alimentando o blog. Ele sobrevive com os novos textos.
Por outro lado, muito boa a escolha da temática que está sempre na mídia. Advogados que por força do ofício são profissionais o suficiente para defenderem seus clientes a todo custo acabam sendo mais sensacionalistas do que os próprios crimes que eles tentam justificar.
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