sábado, 30 de outubro de 2010


A partir da proposta de redação do livro de português do 7º ano, “Para viver juntos” de Cibele Lopresti Costa (2008), da unidade 4 sobre reportagem, faremos uma breve avaliação a respeito da solicitação de tal proposta e do atendimento, aceitabilidade e intencionalidade por parte do escritor.

Considerando que a perspectiva sociointeracionista se caracteriza pelo objetivo de comunicação inserido numa prática social, com foco no leitor, preocupando-se com o efeito que o texto causará, pode-se dizer que essa concepção de escrita se encaixa na proposta de reportagem abordada no livro: “Você vai escrever uma reportagem sobre o uso das tecnologias pelos adolescentes. A reportagem será distribuída nos centros comunitários (espaços culturais, clubes, espaços de conveniência) localizados perto da escola. A matéria deve ser dirigida aos jovens que freqüentam esses lugares.”

Observa-se que no decorrer dessa unidade, há a presença de reportagens extraídas de revistas que servem de exemplo e auxiliam o aluno na sua produção, bem como os exercícios de fixação que devem ser respondidos de acordo com a leitura e compreensão do texto e a exposição de algumas observações sobre como se faz e o que contém uma reportagem. Esses fatores atrelados às orientações do professor deixam mais claro como o redator deve se comportar diante do problema da escrita, entrando em cena a questão das estratégias de escrita, muito bem expostas pelos autores, Meurer (1997); Koch e Elias (2009); Kato (1993) e Garcez (1998).

A leitura de outras reportagens e as informações de como compor esse gênero são importantes para que o produtor crie um modelo, apreenda a estrutura do gênero e compreenda como realizar a tarefa. Ele vai então se conscientizando da realização de etapas durante a atividade de escrita, e as deficiências que possivelmente venham a surgir, serão oportunidades de compreender o percurso de sua aprendizagem.

É fato que, todo produtor precisa escrever para alguém, ter objetivos de comunicação, e neste caso, a reportagem proposta como atividade será distribuída em áreas próximas à escola, dirigindo-se principalmente a jovens de mesma faixa etária que têm interesse e utilizam a tecnologia no seu dia-a-dia. Com um interlocutor presumido, sua produção passa a ter mais sentido já que apresenta destino e direcionamento concreto.

Deste modo, o gênero se define em “como e para quem escrever”, com composição e estilo próprios, e se adequa ao contexto em que se insere, numa perspectiva atual, além de apresentar na proposta em questão, sequências argumentativas e expositivas.

O atendimento a tal proposta se baseará nas questões lingüísticas e extralingüísticas, ou seja, o produtor deve respeitar a utilização correta das regras gramaticais, da coerência e também levar em conta a situação, o contexto, conhecimentos enciclopédicos e textuais do escritor, e as práticas sociais.

Seguindo essa linha de pensamento, e guiado com as informações e exemplos expostos no livro, o aluno conclui a proposta de forma satisfatória, até mesmo porque se depara com uma situação com objetivos a serem cumpridos e destino útil e realmente existente.

Luana Oliveira Vital Barros.
(Estudante do segundo período de letras da UFCG).

Um comentário:

williany disse...

Puxa, essa añálise está mesmo da hora, héim gente? Só não vale copiar.... Gostei mesmo. É só se esforçar um pouquinho mais e o resultado é muito bom, não?